Sou mineira, nascida na Zona da Mata, em uma cidade bem pequena, chamada Miradouro. Filha de um pai caminhoneiro e uma mãe dona de casa. A do meio entre dois irmãos amorosos e parceiros, não tenho irmãs, talvez, por isso, fui bem moleca, brincava na rua e enfrentava os meninos de igual para igual. Inclusive, nesse ponto, vejo na Olga muito de mim quando criança.
Também tive o prazer de ser criada com a avó Maria e paparicada pela tia Cassinha.
E falando em família, minha mãe Cláudia e minha tia Cassinha são meus dois maiores exemplos de vida. Dona Cláudia, porque abdicou de sua vida profissional para ser uma excelente mãe e esposa, dona de casa, paciente, dedicada à família, leitora apaixonada de uma coleção de livros de banca (minha referência em leitura, mas hoje ela adora assistir série no Netflix e fazer palavra-cruzada). Católica de coração e alma, tem Santo espalhado por toda a casa. Cláudia é resignação, paciência, família e força (embora ela não reconheça a força que tem).Tia Cassinha, é a segunda mãe. Dentista, cheia de especializações, trabalha pesado. Não quis a gestação, preferiu fazer dos sobrinhos, seus filhos. Exemplo de independência e postura feminina. Apoio nos momentos difíceis, sempre dizendo e fazendo valer suas palavras:
fica tranquila que tudo dará certo, não se desespere que você pode contar comigo,
e eu conto.
Diante dessas duas referências, me tornei quem sou: mãe e independente. Mesmo sendo criada no meio de um pouco de machismo de uma família conservadora. Mas isso não vem ao caso…
Aos 17 anos me mudei para Belo Horizonte (para a casa da Tia Cassinha), cursei 18 meses de pré-vestibular até encontrar um curso que me representava: Engenharia Ambiental.
Quatro anos e meio de graduação e um ano de pós graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, fui amparada nesse período pela minha avó Maria, que morava em BH. Cuidou de mim como uma filha também e, foi refúgio em muitos momentos de aflição e angústia.
Em 2012, já graduada, consegui uma vaga de emprego em uma construtora. Me mudei para Santa Catarina, que jornada. Primeira vez longe da família, e assim foi o início da vida no trecho, O que me trouxe muitas alegrias, amigos, desafios e frustrações com a responsabilidade ambiental das grandes Construtoras.
Em 2013 fui transferida para Rondônia e permaneci por lá até 2014. Nesse mesmo ano, me mudei para o Pará por conta de uma promoção profissional divisora de águas em minha carreira, um desafio e tanto.
Em 2016, com a crise política no Brasil, passei três meses em casa e fui admitida em um projeto de aquisição sísmica em Alagoas, onde fui desligada no final daquele mesmo ano.
Em 2017, me mudei para o Espírito Santo, e permaneci por três anos em uma obra, mas continuei morando aqui.
Aí, meus amores… minha vida realmente começou a tomar a forma… como eu sempre sonhei.
Uma imensa bagagem de viagens nacionais, currículo profissional interessante, término de um relacionamento de quatro anos, morando sozinha pela primeira vez, independente e com o tempo e a coragem que eu precisava para alcançar novos desafio. Iniciei um relacionamento livre com meu atual parceiro Vitor… e tudo começou a mudar, inclusive, OBRIGADO VITOR.







































Luciana de Paiva é formada em Engenharia Ambiental, Engenharia de Segurança do Trabalho, Especialista em Gestão da Qualidade. Apaixonada por ações sociais e empreendedorismo. Se tornou empresária em 2020 e logo iniciou os estudos na área.
Leave a reply